segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O código de conduta dos gays

Ontem conversando por telefone com um amigo fiquei sabendo que ele está de relacionamento novo.
Quando perguntei como o novo parceiro era na cama ele disparou: eu me reservo o direito de não falar sobre isso.
Fiquei constrangido por ter esquecido o código de conduta dos gays e aí pedi desculpas e mudamos de assunto.

O código de conduta diz respeito à privacidade sobre suas preferências sexuais. Ninguém anda por aí dizendo que gosta de dar o rabo, que é passivo ou versátil, mas todos declaram que são ativos.
Salvo raras exceções os gays maduros preferem ocultar o que realmente fazem na cama com os seus pares e também não fazem comercial gratuito sobre o que o seu parceiro faz, mas no subconsciente todos querem saber quem é o passivo.

Parece estranho, mas não é. Eu tenho alguns amigos gays, a maioria maduros e eu nunca soube de verdade o que rola na cama. Mesmo que exista muita confiança entre os amigos, existem coisas que não são faladas, não precisam ser explicitadas e nem cabe a qualquer um cobrar postura diferente.

O código também está relacionado ao conservadorismo dos seres humanos e ninguém gosta de abrir o jogo sobre suas intimidades. Também, porque existe certo receio de ser tachado de “veado”, principalmente, se a pessoa fizer o passivo.

Mesmo dentro das comunidades gays ainda existe o rótulo de que ser passivo é ruim, denigre a sua imagem e te coloca na boca do povo. Ser passivo é ser inferior, será? Eu discordo.

Este código de conduta é válido para todos os gays, mesmo os assumidos.
Existem casos interessantes e até cômicos. Imagina você paquerando um cara achando que ele é o ativão e na hora do sexo ele vira a bunda para você e diz: vem me comer. Aí, depois do ato sexual ele pede pelo amor de Deus para você não contar para ninguém.

Eu me lembro de um fato da minha juventude. Um conhecido paquerou um gay que mais parecia uma menina do que um menino, tal os trejeitos e a voz fina e adocicada, mas na hora do sexo foi enrabado e passou uma semana com o rabo ardendo.
Eu só fiquei sabendo dessa história porque ele me contou e também ele pediu pelo amor de Deus para não contar para ninguém, mas agora torno público e preservo o seu nome porque o código de conduta tem que ser regiamente cumprido - Isso é ético e educado.

Chega a ser hilário, mas durante uma paquera para fazer sexo, você ainda pergunta se o cara é ativo ou passivo. Aí, inventaram o versátil para definir aquele que faz as duas coisas. Isso nos anos 70 era chamado de gilete, aquele que cortava para os dois lados.

Quanto mais envelhecemos menos falamos sobre essas coisas, tão naturais e rotineiras e até parece que todos os gays são extraterrestes, quando o assunto tem a ver com a intimidade sexual.

Ao meu amigo as Bananas, da imagem deste post e vida longa neste novo relacionamento e que faça muito sexo, porque sexo é bom, transforma os seus dias em dias mais felizes.

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